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Medicina do Trabalho: Como identificar riscos ergonômicos no trabalho

7 de dezembro de 2022

Esforço físico e postura inadequada são alguns dos riscos ergonômicos mais comuns nas empresas. Quando presentes de forma contínua, eles têm o potencial de afetar o corpo e a mente dos funcionários, resultando em desconforto.

Se nada for feito para reverter o quadro, a tendência é de adoecimento no trabalho, com alto custo para o bem-estar do colaborador e a produtividade do negócio.

Vale lembrar que nem sempre os riscos ergonômicos são evidentes, já que muitos estão ligados à organização do trabalho. É o caso da exigência de ritmo intenso ou seu oposto, o trabalho monótono e repetitivo.

Neste artigo, vou falar mais sobre esse tema para que você fique por dentro das doenças relacionadas aos riscos ergonômicos, saiba como identificá-los e quais medidas preventivas adotar.

O que são riscos ergonômicos?

De um jeito simples, dá para definir os riscos ergonômicos como aqueles decorrentes da falta de ajuste do trabalho em relação ao ser humano.

Ou, como define a Fiocruz:

“São os fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador, proporcionando-lhe desconforto ou doença”.

Como adiantei na abertura do texto, a falta de ações ergonômicas costuma gerar desconforto para os funcionários, num primeiro momento. Isso é sinal de que adequações precisam ser realizadas, antes que desencadeiem agravos à saúde dos trabalhadores.

Um exemplo conhecido ocorre nas centrais de telemarketing ou mesmo em escritórios. A rotina agitada e metas de produtividade pedem que os empregados passem quase toda a jornada de trabalho atualizando arquivos eletrônicos através da digitação.

Isso expõe as equipes a riscos como repetitividade e ritmo intenso, provocando cansaço crônico e dores esporádicas nas mãos e braços, inicialmente.

Com o tempo, os sintomas tendem a se tornar mais graves, levando ao surgimento de LER/DORT, dores de cabeça e nas costas. Além de elevar as chances de estresse e patologias originadas do sofrimento psíquico, como burnout e ansiedade, fruto de metas inatingíveis e cobrança excessiva.

Nesse cenário, são necessárias interferências em prol da saúde dos funcionários, como a diminuição do ritmo de trabalho e a alternância de tarefas.

Pausas e exercícios preventivos também são bem-vindos, pois ajudam a prevenir o desgaste de articulações e outros danos físicos.

Por que monitorar riscos ergonômicos no trabalho?

O monitoramento de riscos ergonômicos tem duas razões principais: atender à legislação vigente e criar ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis.

Começando pela motivação legal, a identificação, avaliação e mitigação dos riscos ergonômicos é determinada em documentos compulsórios como o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).

Estabelecido pela Norma Regulamentadora 01 da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho (SEPRT), o PGR deve contemplar riscos ocupacionais ambientais (físicos, químicos e biológicos), ergonômicos e de acidentes.

No entanto, é na NR-17 que se encontram os detalhes para tornar os postos de trabalho ergonômicos.

De acordo com o item 17.1.1, a norma:

“Visa a estabelecer as diretrizes e os requisitos que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente no trabalho”.

Segurança e saúde no trabalho

Além da obrigação legal, o monitoramento dos riscos ergonômicos é fundamental para que eles sejam mitigados, elevando a segurança e saúde no trabalho.

Isso porque a ergonomia é forte aliada na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, preservando a integridade e o bem-estar dos colaboradores.

Muitas vezes, descuidos e falhas na condução de máquinas e equipamentos, por exemplo, resultam do estresse e cobranças por produtividade, que reduzem a atenção do funcionário e aumentam o risco de acidentes de trabalho.

Quanto às doenças, diversos fatores laborais podem contribuir para que se desenvolvam ou se agravem.

Postos sem apoio para os cotovelos e pés, por exemplo, sobrecarregam essas estruturas, aumentando as chances de lesões crônicas.

Doenças relacionadas ao risco ergonômico

A exposição a riscos ergonômicos pode ser a raiz de uma série de doenças. Dependendo de fatores como intensidade, período de exposição e continuidade, elas podem se agravar em maior ou menor tempo.

Os primeiros sinais costumam ser passageiros, a exemplo de:

  • Cansaço constante;
  • Dor de cabeça;
  • Tensão muscular;
  • Formigamento e perda de força nos membros;
  • Dor nas costas;
  • Estresse;
  • Enjoo;
  • Azia;
  • Diarreia ou constipação;
  • Insônia.

A condição pode se agravar, evoluindo para patologias como a gastrite, que é a inflamação do tecido interno do estômago. Quadros inflamatórios mais graves chegam a causar úlceras ou feridas neste órgão.

Postura inadequada no trabalho pode provocar lordose, um desvio na coluna que aumenta a curvatura dessa estrutura. Outro problema clássico são as LER/DORT (Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).

Elas surgem em decorrência da sobrecarga que leva ao desgaste de estruturas como tendões e bursas, desencadeando tendinites e bursites, respectivamente.

Todos esses males são crônicos, exigindo tratamento contínuo para prevenir crises.

Doenças psíquicas

Outro grupo de doenças relacionadas ao risco ergonômico são os transtornos emocionais. Jornadas extenuantes e longas propiciam o desenvolvimento de burnout, um quadro de esgotamento mental relacionado ao trabalho.

Esta patologia suga a disposição do funcionário, provocando episódios depressivos. Aliás, a depressão também pode ter origem ou se agravar diante da desvalorização do profissional, isolamento e incentivo à competição exacerbada.

Nesse caso, o empregado vivencia cenários de desesperança, negatividade e até pensamentos suicidas. Já aqueles que se preocupam demais com as exigências de produtividade e resultados tendem a sofrer com ansiedade, o que dificulta a concentração e repouso.

Quais são os riscos ergonômicos mais comuns?

Conforme o já mencionado site da Fiocruz, os principais riscos ergonômicos presentes nas empresas são:

1. Esforço físico e levantamento de peso como fator para riscos ergonômicos

Trabalhadores que atuam no transporte de cargas e construção civil estão entre os mais expostos a esse tipo de risco ergonômico.

Ao exercer grande esforço para levantar, empurrar ou puxar cargas, elevam-se as chances de sofrer traumas musculares, lesionando áreas como coluna e membros superiores.

2. Postura inadequada é um dos riscos ergonômicos mais frequente

A falta de adequação do posto de trabalho, máquinas ou equipamentos utilizados para as atividades leva as pessoas a criarem mecanismos de compensação para realizar suas tarefas.

Muitas vezes, essas adaptações acabam forçando posturas estáticas, que sobrecarregam os tecidos, diminuem a oferta de oxigênio e favorecem o acúmulo de ácido láctico nessas áreas.

É assim que surgem as LER/DORT, por exemplo, especialmente entre indivíduos que trabalham em escritórios, atividades de manutenção, solda, etc.

3. Monotonia e repetitividade

Tarefas operacionais que exigem a repetição de movimentos elevam o risco de lesões nos membros superiores.

Além do surgimento de transtornos mentais devido à falta de motivação para o trabalho.

Empregados alocados em linhas de montagem, indústria têxtil e polimento de peças costumam sofrer com esses agravos à saúde.

4. Imposição de rotina intensa

Períodos de fechamento e entrega costumam pedir maior intensidade nas atividades laborais, a fim de cumprir os prazos combinados.

Contudo, essa rotina de trabalho árduo não pode se tornar regra.

Caso contrário, aumenta o risco de cansaço ou até esgotamento mental, uma vez que o funcionário é forçado a gastar muita energia diariamente.

5. Controle rígido de produtividade

A produtividade é um indicador importante para a avaliação das equipes, no entanto, é preciso ter cuidado para evitar exageros em sua medição.

Principalmente ao estabelecer metas audaciosas, controladas com o suporte de ferramentas de monitoramento da produção de cada colaborador.

Essa prática tende a gerar sentimentos de frustração e fracasso quando o empregado não dá conta de todas as atividades designadas a ele em determinado período.

6. Situação de estresse

Em doses normais, o estresse ajuda a impulsionar o desempenho, permitindo que o trabalhador execute as tarefas com mais eficiência.

Porém, quando o clima empresarial e a organização do trabalho exigem uma performance sempre excelente, eles acabam reforçando a autocobrança interna.

A insatisfação em relação aos resultados deixa o profissional em estado de alerta permanente.

Essa sobrecarga mental frequente logo desencadeia quadros de ansiedade, depressão ou burnout.

7. Trabalho noturno

Embora as luzes e a movimentação durante o trabalho consigam manter os colaboradores acordados durante a noite, esse tipo de jornada tem efeito adverso para a saúde.

Isso porque a melatonina, hormônio responsável por nos despertar pela manhã, sofre influência da luz do sol.

O que significa que sua produção cai durante a noite, diminuindo a capacidade de atenção e aumentando o risco de acidentes.

Outro aspecto preocupante para os trabalhadores noturnos está na desregulação do eixo que controla o estresse, controlado pelo cortisol.

8. Jornada de trabalho prolongada

Quando a hora extra vira regra, é comum observar uma queda no rendimento do empregado.

Afinal, ele estará mais cansado por causa da jornada extensa, além de ter menos tempo para dormir e se dedicar a atividades que lhe dão prazer.

Como identificar os riscos ergonômicos

A identificação de riscos ergonômicos deve fazer parte do processo de avaliação de riscos ocupacionais em geral.

Se possível, essa etapa é conduzida antes mesmo de o funcionário iniciar suas atividades laborais, a fim de adaptar o mobiliário às suas necessidades.

Essa dinâmica pode ser feita a qualquer momento, caso haja relatos de incômodos vivenciados pelos colaboradores, doenças ou acidentes ocupacionais.

Nesse contexto, é elaborada uma Análise Ergonômica do Trabalho (AET) da situação, que também pode ser solicitada pelo SESMT, CIPA ou trabalhadores.

Daí a relevância de abrir espaço para feedback dentro da empresa, pois ações ergonômicas podem partir de uma queixa feita pelo empregado.

Medidas preventivas aos riscos ergonômicos

As ações para prevenir riscos ergonômicos vão depender das particularidades de cada organização, atividade e local de trabalho.

Por isso, o ideal é que elas sejam pensadas a partir da AET.

Neste espaço, trago algumas medidas gerais para te inspirar.

Forneça mobiliário adaptável

Mesas e cadeiras que permitam adequações para apoiar as costas, braços e cotovelos ajudam a evitar posturas estáticas.

O mesmo raciocínio se aplica aos suportes para apoiar os pés e elevar a tela do computador, dispensando a necessidade de manter a cabeça baixa.

Atenção à iluminação e conforto térmico

A iluminação apropriada é aquela que possibilita o trabalho sem forçar a visão ou incidir reflexos na tela do computador, por exemplo.

O segredo é equilibrar os pontos de luz, distribuindo-os de forma a evitar locais muito ou pouco iluminados.

Garanta também que a temperatura esteja em níveis agradáveis.

Diminua a exposição ao ruído

O ruído em excesso é capaz de tirar a concentração e causar quedas na produtividade das equipes.

Então, elimine esse risco sempre que possível.

Para isso, afaste os trabalhadores de máquinas barulhentas ou instale materiais de isolamento acústico.

Também disponibilize Equipamentos de Proteção Individual (EPI) como abafadores de ruído para os trabalhadores que precisarem permanecer próximo às máquinas.

Insira pausas na jornada

Para quebrar os ciclos de movimentos repetitivos, utilize pausas distribuídas durante a jornada de trabalho.

Investir em aquecimento com ginástica laboral é outra ideia para prevenir lesões.

Use ferramentas para evitar o levantamento de peso

Vale repensar a necessidade de carregar cargas pesadas.

Que tal utilizar carrinhos, esteiras e outros mecanismos, preservando a saúde dos funcionários?

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