O Ministério da Saúde promoveu, em Brasília, uma oficina nacional voltada à capacitação de gestores contra assédio e discriminação no ambiente de trabalho. A ação integra o Plano Setorial de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e às Discriminações na Saúde (PEADTS) e reforça a importância de ambientes laborais seguros, inclusivos e alinhados às diretrizes de ética, respeito e proteção aos trabalhadores.
Por Lucas Esteves — Especialista em Medicina e Segurança do Trabalho e Sócio da AMBRAC.
Contexto da capacitação promovida pelo Ministério da Saúde
Dirigentes de hospitais, representantes de institutos federais e superintendentes estaduais participaram da oficina “Dialogando sobre Assédios e Discriminações no Ambiente de Trabalho”, realizada nos dias 18 e 19 de novembro de 2025, em Brasília (DF). O encontro integrou as ações estratégicas da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES).
“Promover ambientes psicologicamente seguros não é apenas uma diretriz institucional — é uma necessidade para a saúde, produtividade e proteção dos trabalhadores.” — Lucas Esteves
O objetivo da formação foi sensibilizar lideranças, desenvolver habilidades de identificação e intervenção em situações de risco e fortalecer práticas de prevenção dentro da cultura organizacional.
Objetivos e diretrizes do PEADTS
O Plano Setorial de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e às Discriminações (PEADTS) foi desenvolvido para estabelecer medidas concretas de prevenção, acolhimento e responsabilização, promovendo ambientes livres de violência e discriminação no setor público da saúde.
Principais pilares do plano
- Estratégias de prevenção e combate ao assédio moral, sexual e organizacional;
- Promoção da equidade, inclusão e respeito às diversidades;
- Responsabilização institucional e mediação de conflitos;
- Fortalecimento de redes de acolhimento e escuta qualificada;
- Implementação de medidas de comunicação não violenta e gestão ética.
A oficina reforçou que o plano se aplica a todos os órgãos do Ministério da Saúde, com revisão bianual para garantir modernização, transparência e efetividade das ações.
“Assédio e discriminação não são apenas violações éticas — são fatores que adoecem trabalhadores e comprometem toda a operação organizacional.” — Lucas Esteves
Participação das lideranças e temas abordados
Representantes da Ouvidoria-Geral do SUS, da Comissão de Ética e de diversas unidades federativas debateram:
- Escuta qualificada e comunicação institucional;
- Modelos de gestão e impactos na saúde mental;
- Estratégias de acolhimento e responsabilização;
- Reflexões sobre equidade, combate ao racismo e inclusão;
- Integração entre equipes multidisciplinares para prevenção de conflitos.
Viviane de Oliveira ressaltou a importância do diálogo e da escuta ativa, enquanto Elielso de Sousa destacou que a responsabilização institucional deve ser acompanhada de diagnósticos e práticas continuadas de melhoria.
Análise técnica – Lucas Esteves
A capacitação promovida pelo Ministério da Saúde reforça tendências essenciais para ambientes laborais modernos: fortalecimento da saúde mental, cultura de prevenção, melhoria da comunicação interna e políticas efetivas de acolhimento.
As ações do PEADTS dialogam diretamente com pilares de SST e compliance organizacional, incluindo:
- Prevenção ativa e monitoramento contínuo;
- Identificação de riscos psicossociais;
- Promoção de ambientes inclusivos e saudáveis;
- Integração entre RH, SST, psicologia organizacional e gestão.
“Empresas públicas e privadas precisam compreender que prevenir assédio é uma questão de governança, saúde ocupacional e responsabilidade institucional.” — Lucas Esteves
Exemplos práticos de impacto nas organizações
Exemplo 1 — Aplicação em hospitais públicos
- Implementação de protocolos de acolhimento para denúncias;
- Treinamento contínuo para chefias sobre fatores de risco psicossocial;
- Monitoramento de ambientes com maior incidência de conflitos;
- Revisão de processos de trabalho para reduzir vulnerabilidades.
Exemplo 2 — Aplicação em unidades administrativas e institutos federais
- Mapeamento de indicadores de assédio e discriminação;
- Aprimoramento da comunicação interna e políticas educativas;
- Criação de comitês de ética e escuta ativa;
- Integração com políticas de diversidade e inclusão.
FAQ – principais dúvidas sobre o combate ao assédio e discriminação
Que tipos de assédio o PEADTS aborda?
O plano cobre assédio moral, assédio sexual, discriminação e assédio organizacional, bem como práticas de violência simbólica e institucional.
Quem deve participar dessas capacitações?
Gestores, chefias, representantes de ética, ouvidorias, áreas de RH e profissionais com função de liderança.
As ações são obrigatórias?
Sim. O PEADTS se aplica a todos os órgãos do Ministério da Saúde, com diretrizes obrigatórias de prevenção.
Essa política se relaciona com SST?
Sim. Fatores psicossociais, violência e assédio são temas prioritários dentro de saúde ocupacional.
Como a organização deve lidar com denúncias?
Com acolhimento, sigilo, escuta ativa, registro adequado e responsabilização institucional.
O plano aborda racismo e outras formas de discriminação?
Sim. Diversidade, equidade e inclusão são eixos centrais do PEADTS.
As diretrizes podem ser aplicadas na iniciativa privada?
Sim. Embora desenvolvido para o setor público, o plano inspira políticas modernas de gestão e prevenção aplicáveis a empresas privadas.
Conclusão
A oficina realizada pelo Ministério da Saúde reforça a necessidade de ambientes de trabalho seguros, inclusivos e livres de violência. A prevenção ao assédio e à discriminação exige políticas sólidas, líderes preparados e práticas organizacionais que priorizem escuta, acolhimento e responsabilização.
A adoção dessas diretrizes reduz riscos, fortalece a integridade institucional e contribui diretamente para a saúde mental dos trabalhadores.
Como a AMBRAC pode apoiar sua empresa
Programas de prevenção ao assédio e discriminação
- Implementação de políticas internas;
- Diagnóstico de riscos psicossociais;
- Fluxos de acolhimento e escuta qualificada;
- Protocolos de intervenção e responsabilização.
Gestão de SST com foco em saúde mental
- Mapeamento de fatores de risco;
- Avaliações psicossociais;
- Treinamentos em comunicação não violenta;
- Monitoramento contínuo de clima organizacional.
Capacitações corporativas
- Oficinas para gestores e lideranças;
- Conteúdos educativos e campanhas internas;
- Workshops sobre prevenção ao assédio e combate à discriminação.
Sua empresa está preparada para prevenir assédio e discriminação?
A AMBRAC oferece consultoria especializada, programas de prevenção, diagnósticos psicossociais e ações de capacitação para garantir ambientes saudáveis, seguros e em conformidade com as melhores práticas de gestão.

