Quase metade dos trabalhadores brasileiros enfrenta estresse no trabalho, segundo pesquisa global da Gallup. Entenda os riscos, impactos e como a AMBRAC ajuda empresas a protegerem a saúde mental dos colaboradores.
A nova face dos riscos ocupacionais
No artigo de hoje, a AMBRAC analisa um dos temas mais sensíveis e urgentes do ambiente corporativo: a saúde mental no trabalho.
De acordo com o relatório State of the Global Workplace 2025, da consultoria Gallup, o Brasil vive um cenário alarmante — 46% dos trabalhadores estão estressados, 25% sentem tristeza e 18% declaram raiva durante o expediente.
O estudo avaliou 128 mil profissionais em mais de 160 países, e posiciona o Brasil entre os quatro países com maiores índices de tristeza e raiva na América Latina, além do sétimo lugar regional em estresse.
Esses números revelam que os riscos psicossociais e emocionais deixaram de ser um tema periférico para se tornarem questão central de SST (Segurança e Saúde no Trabalho).
A NR-1, atualizada em 2024, já reconhece o estresse ocupacional e o burnout como riscos que devem ser monitorados e prevenidos no PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos).
Ou seja: agora, saúde mental também é conformidade legal.
Diagnóstico técnico: os fatores de risco psicossociais
Os riscos psicossociais envolvem toda condição organizacional capaz de impactar negativamente o bem-estar do trabalhador. Entre os principais fatores estão:
- Jornadas excessivas e sobrecarga de tarefas.
- Falta de apoio de lideranças e comunicação deficiente.
- Ambientes competitivos e sem pausas adequadas.
- Assédio moral e pressão por metas.
- Falta de reconhecimento e propósito.
Esses elementos, somados, reduzem a produtividade, elevam o absenteísmo e aumentam custos diretos e indiretos com afastamentos e substituições.
Comparativo: impacto do estresse e da saúde mental no ambiente corporativo
| Indicador | Brasil | Média Global | Consequência para empresas |
|---|---|---|---|
| Trabalhadores estressados | 46% | 41% | Queda na produtividade e aumento de erros operacionais |
| Trabalhadores tristes | 25% | 19% | Maior índice de absenteísmo e afastamentos por depressão |
| Trabalhadores com raiva | 18% | 14% | Conflitos interpessoais e alta rotatividade |
| Custo estimado global do estresse ocupacional (OMS) | — | US$ 1 trilhão/ano | Redução de 15% a 20% na performance organizacional |
Perspectiva normativa: o que muda com a NR-1
A NR-1, reformulada em 2024, passa a exigir que riscos psicossociais sejam formalmente identificados, avaliados e controlados no PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos).
Isso significa que, a partir de maio de 2026, empresas deverão:
- Registrar indicadores de estresse e burnout.
- Implementar medidas preventivas no GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais).
- Garantir suporte psicológico e acompanhamento ocupacional.
- Integrar informações ao eSocial SST para auditoria eletrônica.
O não cumprimento poderá gerar autuações com base na NR-28, além de sanções trabalhistas e previdenciárias.
Estratégias empresariais para reduzir riscos psicossociais
As organizações que desejam se antecipar às exigências legais e evitar perdas financeiras devem adotar ações integradas de saúde mental corporativa, como:
- Mapeamento dos riscos psicossociais em conjunto com o PGR e o PCMSO.
- Monitoramento de indicadores como absenteísmo, turnover e afastamentos por CID F.
- Protocolos de atendimento e suporte psicológico interno ou terceirizado.
- Treinamento de líderes em empatia, comunicação não violenta e gestão emocional.
- Revisão de metas e políticas de reconhecimento.
- Consultoria técnica especializada em SST, como a oferecida pela AMBRAC.
Essas ações combinadas reduzem em até 32% os afastamentos por transtornos mentais, segundo dados do Ministério da Previdência Social.
FAQ – Saúde Mental e SST
O que são riscos psicossociais no trabalho?
São fatores relacionados à organização e ao ambiente laboral que impactam o bem-estar psicológico, como pressão excessiva, assédio ou falta de pausas.
O estresse pode ser considerado doença ocupacional?
Sim. Quando comprovadamente relacionado ao ambiente de trabalho, pode gerar afastamento e estabilidade temporária.
O que a NR-1 muda para as empresas?
Obriga que riscos psicossociais sejam identificados, registrados e controlados, com documentação formal no PGR.
Como incluir saúde mental no GRO/PGR?
Através de avaliação de clima organizacional, questionários psicossociais e análise de indicadores de estresse e absenteísmo.
O burnout é reconhecido pela legislação brasileira?
Sim. Desde 2022, consta na CID-11 e é reconhecido pelo Ministério do Trabalho como doença ocupacional.
Como o RH pode atuar na prevenção?
Promovendo equilíbrio entre metas e pausas, criando canais de escuta e integrando o PCMSO às ações de saúde mental.
Como a AMBRAC pode ajudar minha empresa?
A AMBRAC oferece consultoria completa em SST, com integração ao eSocial, gestão de PGR e planos personalizados para saúde mental corporativa.
Conclusão
O relatório da Gallup reforça o que o mercado já vinha percebendo: a saúde mental se tornou um indicador estratégico de produtividade e conformidade. Empresas que ignoram o bem-estar emocional de suas equipes assumem riscos jurídicos, financeiros e humanos.
Por outro lado, aquelas que tratam o tema de forma técnica e integrada — com suporte de especialistas em Saúde e Segurança do Trabalho (SST) — reduzem custos, fortalecem a cultura organizacional e aumentam o engajamento interno.
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