Gerenciar uma pequena empresa no Brasil é um ato de equilíbrio constante: com recursos muitas vezes limitados e um milhão de tarefas disputando a atenção do empreendedor, é compreensível que algumas áreas fiquem em segundo plano. Infelizmente, a Saúde e Segurança no Trabalho (SST) é frequentemente uma delas. Muitos pequenos empresários adiam ou ignoram suas responsabilidades de SST, seja por desconhecimento, pela sensação de que “isso não se aplica a mim” ou pela percepção equivocada de que é um custo proibitivo.
No entanto, negligenciar as normas de Segurança no Trabalho não é apenas ilegal, é um risco enorme para a sustentabilidade do negócio. Acidentes de trabalho e doenças ocupacionais geram custos diretos (afastamentos, tratamentos) e indiretos (perda de produtividade, danos à reputação), além de multas pesadas e processos judiciais que podem comprometer seriamente a saúde financeira da empresa. Mais importante ainda, coloca em risco a integridade física e o bem-estar dos colaboradores.
Em 2025, identificamos os 5 erros mais comuns em SST cometidos por pequenos negócios no Brasil e, crucialmente, como evitá-los. Confira.
Achar que “NR não é para mim”: Ignorando a NR-01 e o PGR
Este é, talvez, o erro mais fundamental. Muitos empreendedores, especialmente aqueles que começaram como MEI (onde as regras de SST são simplificadas) ou que têm poucos funcionários, acreditam que as Normas Regulamentadoras (NRs) e a necessidade de gerenciar riscos ocupacionais são exclusividade de grandes indústrias.
- O Erro: Desconhecer ou ignorar a aplicabilidade da NR-01, que estabelece as disposições gerais de SST e a obrigatoriedade do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) para TODAS as empresas com empregados regidos pela CLT, independentemente do porte ou ramo de atividade. Consequentemente, não elaboram o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).
- As Consequências: Operar na ilegalidade, estar totalmente despreparado para fiscalizações (que podem ocorrer), não ter um panorama claro dos riscos aos quais os trabalhadores estão expostos e, portanto, não agir para controlá-los. Isso aumenta a probabilidade de acidentes e doenças.
- Como Evitar: Entenda que a NR-01 é a base da SST no Brasil. Se você tem funcionários CLT, você precisa implementar o GRO. O PGR é a materialização desse gerenciamento: um documento (ou sistema) que identifica perigos, avalia riscos e propõe medidas de controle. Para microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) de graus de risco 1 e 2 que declararem ausência de riscos específicos, a NR-01 prevê um tratamento diferenciado e mais simplificado para o PGR, mas não isenta da obrigação de gerenciar os riscos. Informe-se sobre como elaborar um PGR adequado à sua realidade ou busque assessoria especializada.
Falhar na Gestão de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) – NR-06
Quando os riscos não podem ser eliminados ou neutralizados por medidas de proteção coletiva, entram em cena os EPIs. A falha aqui pode ocorrer de várias formas.
- O Erro: Não fornecer os EPIs necessários identificados no PGR, fornecer equipamentos sem Certificado de Aprovação (CA) ou com CA vencido, não treinar os funcionários sobre o uso, guarda e conservação corretos, não exigir o uso ou não registrar formalmente a entrega dos equipamentos.
- As Consequências: Exposição direta dos trabalhadores aos riscos, resultando em acidentes (cortes, quedas, queimaduras, etc.) ou doenças ocupacionais (perda auditiva, problemas respiratórios). Multas específicas por descumprimento da NR-06. Responsabilização da empresa em caso de acidente.
- Como Evitar: O PGR deve indicar os EPIs necessários para cada função/atividade. Adquira apenas EPIs com CA válido (consulte no site do governo). Forneça os equipamentos gratuitamente aos empregados. Realize treinamentos sobre a importância e o uso correto. Fiscalize o uso efetivo. Crie e utilize uma ficha de controle de EPIs, onde o trabalhador assina ao receber cada item, como comprovante.
Negligenciar ou Improvisar Treinamentos Obrigatórios de Segurança do Trabalho
Muitas NRs exigem treinamentos específicos para habilitar os trabalhadores a realizar certas tarefas ou lidar com determinados riscos. Achar que uma conversa rápida ou um PDF genérico substitui um treinamento formal é um erro perigoso.
- O Erro: Não realizar treinamentos admissionais e periódicos exigidos por NRs específicas (ex: trabalho em altura – NR-35, operação de máquinas – NR-12, espaços confinados – NR-33, segurança em eletricidade – NR-10, CIPA – NR-05, etc.), realizar treinamentos com conteúdo inadequado ou instrutores não qualificados, ou, muito comumente, não guardar os registros (listas de presença, certificados, conteúdo programático).
- As Consequências: Trabalhadores desinformados sobre os riscos e procedimentos seguros, aumentando drasticamente a chance de acidentes graves. Non-compliance direto com NRs específicas, gerando multas altas. Dificuldade em comprovar a capacitação em caso de fiscalização ou processo.
- Como Evitar: Identifique no seu PGR e nas NRs aplicáveis quais treinamentos são obrigatórios para suas atividades. Contrate um pacote de cursos de NRs para empresas com certificação válida e verificável. Garanta que a carga horária atenda aos requisitos da norma. Mantenha registros detalhados e assinados de todos os treinamentos realizados, guardando-os de forma organizada.
Esquecer dos Exames Médicos Ocupacionais
A saúde do trabalhador precisa ser monitorada desde o início do vínculo empregatício. Os exames médicos ocupacionais são ferramentas essenciais para isso.
- O Erro: Não realizar os exames admissionais, periódicos, de retorno ao trabalho (após afastamentos), de mudança de risco ocupacional ou demissionais. Não elaborar ou coordenar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) quando exigido (geralmente vinculado aos riscos identificados no PGR). Não emitir ou arquivar o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) para cada exame.
- As Consequências: Descumprimento da NR-07, resultando em multas. Impossibilidade de monitorar a saúde dos trabalhadores e detectar precocemente possíveis doenças relacionadas ao trabalho. Dificuldade em comprovar a aptidão do funcionário para a função ou o estado de saúde na admissão/demissão, o que pode gerar passivos trabalhistas.
- Como Evitar: Contrate uma clínica ou médico do trabalho para realizar os exames e, se necessário, elaborar e coordenar o PCMSO. Garanta que todos os empregados realizem os exames nos prazos corretos. O ASO deve ser emitido em duas vias (uma para o empregado, uma para a empresa) e devidamente arquivado. Lembre-se que o PCMSO e os ASOs devem estar alinhados com os riscos identificados no PGR.
Não ter Documentação Organizada e Acessível
De nada adianta fazer tudo certo se não for possível comprovar. A documentação é a evidência material de que a empresa cumpre suas obrigações de SST.
- O Erro: Não possuir o documento-base do PGR (e PCMSO, se aplicável) formalizado e atualizado. Não arquivar de forma organizada os ASOs, as fichas de entrega de EPIs, os certificados e listas de presença dos treinamentos, ordens de serviço de SST, e outros documentos pertinentes (ex: laudos técnicos, se necessários). Tratar a papelada como mera burocracia sem importância.
- As Consequências: Incapacidade de comprovar o cumprimento das NRs durante uma fiscalização do trabalho, resultando em multas mesmo que as medidas práticas existam. Vulnerabilidade em ações trabalhistas, onde a falta de documentos pode ser interpretada contra a empresa. Dificuldade em gerenciar o próprio sistema de SST de forma eficaz.
- Como Evitar: Crie um sistema claro (pastas físicas organizadas por tipo de documento e funcionário, ou um sistema digital seguro) para arquivar toda a documentação de SST. Mantenha o PGR sempre atualizado, especialmente quando houver mudanças nos processos ou riscos. Garanta que todos os registros (ASOs, EPIs, treinamentos) estejam completos e acessíveis. Encare a documentação como parte integrante e indispensável da gestão de segurança.
Conclusão: Segurança do Trabalho como Investimento Estratégico
Para o pequeno empresário, cada real e cada minuto contam. No entanto, investir em Saúde e Segurança no Trabalho não é um gasto supérfluo, mas uma decisão estratégica inteligente. Evitar os erros descritos acima protege o bem mais valioso da empresa – seus colaboradores – e também resguarda o negócio de custos inesperados, multas e danos à imagem que podem ser devastadores.
A chave é a proatividade: buscar informação de qualidade, implementar as medidas necessárias de forma adequada à realidade da sua empresa, e cultivar uma cultura onde a segurança seja vista como responsabilidade de todos. Comece pequeno, mas comece certo. A segurança e a saúde dos seus trabalhadores são a base para um crescimento sustentável e bem-sucedido.
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Por que investir em SST?
A gestão eficiente da saúde e segurança no trabalho traz inúmeros benefícios:
- ✅ Redução de acidentes e afastamentos;
- ✅ Melhora no clima organizacional;
- ✅ Aumento da produtividade e da qualidade de vida no trabalho;
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